Anteprojeto de programa para fomento a empreendedores será entregue ao Executivo

Nos próximos dias, será entregue ao Executivo gaúcho o anteprojeto de um programa de fomento a pequenos negócios no Rio Grande do Sul, prevendo ações de gestão, crédito, mercado e formação para empreendedores. Construída pelo Fórum Gaúcho das Micro e Pequenas Empresas (Fortalece RS), a proposição foi apresentada nesta quinta-feira (9) durante o Seminário Políticas Públicas de Apoio às Micro e Pequenas Empresas na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre. Promovido pela Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados e a Frente Parlamentar em Defesa das Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul, o evento contou com a presença do ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França e representantes do Sebrae, de associações e federações. De acordo com o coordenador do Fortalece RS, Mário Bruck, o anteprojeto prevê a constituição de um fundo garantidor de R$ 40 milhões para operações de crédito de capital de giro e investimento com potencial para atender a 50 mil empreendimentos, injetando R$ 480 milhões no segmento em quatro anos. Os recursos serão provenientes de fontes como governo estadual, cooperativas de crédito, bancos e emendas parlamentares. A elaboração do projeto, coordenada pelo professor Jorge Imperatore, baseou-se no modelo exitoso da OSCIP RS Garanti em 12 municípios gaúchos. “É necessário uma política de estado que assegure as micros e pequenas empresas crédito fomento, mercado e gestão” reforçou Bruck. O ministro disse que o projeto gaúcho tem todo o apoio do governo federal e anunciou que já estão sendo executados até 31 de dezembro recursos do Pronampe para empresários que sofreram com as fortes chuvas no Rio Grande do Sul, por meio do FGO Pronampe Solidário – RS. Em apenas três dias, foram liberados pelo Banco do Brasil e Caixa Federal R$ 134 milhões em crédito para 1.277 empresários. Presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul, o deputado Elton Weber será interlocutor da proposição junto às secretárias afins. “O nosso colegiado, criado nesta legislatura, nasceu com este objetivo: criar uma política estadual de fomento. Acredito que estamos no caminho certo para enfrentar os principais fatores de mortalidade das empresas”. Presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara, o deputado Heitor Schuch (PSB/RS) acredita que o seminário vai gerar propostas concretas para o fortalecimento desse importante setor para a economia nacional, que responde apor 28% do PIB brasileiro, sendo o que mais gera emprego e renda no Brasil. “A retomada do desenvolvimento econômico do Brasil passa necessariamente pelas condições favoráveis oferecidas aos pequenos negócios”, afirma Schuch. “E, nesse sentido, o projeto apresentado pode contribuir para mudar a realidade dos pequenos negócios no RS, criando condições para o seu desenvolvimento” (Assessoria de Comunicação Dep. Elton Weber)
Valeu a luta! Publicado decreto de retomada da Ceitec

Valeu a nossa luta! Foi autorizada a retomada da fábrica estatal de chips Ceitec, o Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada, que fica em Porto Alegre. A decisão está garantida por decreto assinado pelo presidente Lula e publicado em edição extra do Diário Oficial da União. O prazo para o “ok” presidencial terminaria na sexta-feira (10), quando, agora, será feita uma assembleia, na qual a reversão da extinção da empresa será oficializada e serão definidos os novos integrantes do conselho fiscal para atuação por dois anos. A importância da reativação da Ceitec para o processo de inovação e domínio tecnológico na formulação da nova política industrial brasileira havia sido discutida em audiência pública proposta pelo deputado Heitor Shuch na Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara. “Essa medida permite a retomada das operações da Ceitec. Precisamos agora unir esforços para garantir os investimentos necessários e elaborar um novo plano de negócios para a empresa”, afirma Schuch. Na audiência, a primeira da Comissão este ano, o presidente do Ceitec , Augusto César Gadelha Vieira, fez um relato detalhado sobre a infraestrutura da estatal, desde sua criação, o potencial tecnológico e os desafios a serem enfrentados. Vinculada ao Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI) e criada em 2008, a Ceitec desenvolve e fabrica semicondutores. No governo anterior, a empresa foi incluída em programa para ser privatizada. Como não houve interesse, um decreto autorizou a sua extinção em 2020, que passou a ser questionada após a crise mundial de falta de chips, ocorrida na pandemia. Em janeiro de 2023, o governo Lula a retirou da lista de desestatização e criou um grupo de trabalho para analisar a reversão do processo de liquidação. A fábrica está sem produzir há dois anos e oito meses. Em processo de liquidação, não pôde operar. Gadelha Vieira, garante, porém, que a estrutura segue apta, pois usa as máquinas para deixá-las “aquecidas”. O quadro de funcionários precisará ser recomposto, pois sobraram 70 dos 180. Isso já se discute com o governo federal, podendo ocorrer por concursos ou contratações temporárias. “Acreditamos no trabalho sério desse grupo e nos colocamos à disposição do que for necessário para ajudar nesse processo. Não existe inovação tecnologia sem a presença forte do Estado, que deve ser responsável pelas políticas públicas de apoio, como acontece em todos os países do chamado primeiro mundo”, afirma Schuch.
Assinado início das obras na Ponte do Fandango

Grande dia! O deputado Heitor Schuch participou nesta quarta (26) no Ministério dos Transportes, em Brasília, da assinatura da ordem de serviço para início das obras na ponte do Fandango, em Cachoeira do Sul. O trabalho está orçado em R$ 62,8 milhões e deve começar agora em novembro. Toda a estrutura de concreto será substituída. “Uma notícia muito importante para a toda a região e uma imensa alegria para nós, que estávamos engajados nessa luta, com inúmeras audiências junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e ao governo federal. Finalmente, podemos comemorar essa vitória que vem desde 2021, quando a ponte foi interrompida por problema estruturais”, destacou Schuch. “Valeu a mobilização! Agora seguiremos de olho, para que os serviços aconteçam da forma mais rápida possível!” O total de investimentos em rodovias federais gaúchas anunciadas pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, chega a R$ 1 bilhão. Além da Ponte do Fandango, foram assinados na ocasião outras duas ordens de serviço e um contrato para início das obras no Rio Grande do Sul. Um terço da cifra é de concessionária privada. Entre os investimentos, R$ 134,9 milhões serão destinados para que um trecho ainda não duplicado da BR-116, no município de Cristal, receba o serviço. A BR-290 e a BR-392 também receberão investimento. Estão previstos R$ 240 milhões para restauração de 174,5 quilômetros das rodovias, que passam por São Gabriel, Caçapava da Sul e Santa Maria. O prazo para conclusão desta obra é de três anos. Há ainda uma ordem de serviço para o investimento privado. Na BR-386, está prevista a destinação de R$ 340 milhões para a duplicação de trecho de 25,6 quilômetros, entre Soledade e Fontoura Xavier. Além dos ministros Renan Filho e Pimenta, estiveram presentes no evento o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite e integrantes da bancada gaúcha no Congresso Nacional.
Projeto de lei facilita a regularização de terras

O deputado Heitor Schuch participou nesta semana, na Contag, do seminário nacional sobre as políticas públicas promotoras de direitos humanos, a terra como espaço de produção de alimentos saudáveis e de bem viver. Um grande evento, em que o parlamentar foi convidado a falar sobre o Projeto de Lei (PL 3280/2021), de sua autoria, que facilita a regularização de imóveis rurais da agricultura familiar. Esta proposta, que está tramitando na Câmara, tem por finalidade estabelecer o dever do Poder Público em auxiliar na produção da documentação necessária, isentar os custos com emolumentos e taxas, bem como afastar a fração mínima de parcelamento em situações específicas. De acordo com o parlamentar, existe a necessidade de intervenção do Estado na resolução dos problemas de irregularidades documentais de imóveis rurais da agricultura familiar para que a questão, que vem sendo tema de inúmeros debates nos últimos anos, possa avançar. “O fortalecimento de regras de controle de políticas públicas trouxe exigências para que proprietários de imóveis rurais estejam com sua documentação de posse cada vez mais atualizada, portanto precisamos intervir para que essa situação seja solucionada”, destaca Schuch. Segundo dados setoriais, o Brasil possui um número grande de imóveis particulares sob posse de agricultores familiares que não possuem documentação legal válida. São imóveis de posses mansas e pacíficas oriundas de partilhas antigas não regularizadas, que não se resolverão pelo processo inventariante, condomínios antigos ou ainda contratos sem registros atualizados nos cartórios de títulos e documentos, entre outros, que requerem, com urgência, ações efetivas por parte do poder público. Esse problema, alerta o deputado, dificulta o acesso a políticas públicas pelos agricultores familiares, já que sem a documentação regularizada da propriedade rural os mesmo não podem ter a inscrição estadual de produtor rural. É comum em todo o país a existência de propriedades rurais sem registro ou outra documentação adequada, mas somente formas simples de comprovação de posse como: áreas somente com ITR, cessão de direitos de posse, recibos de compra, direitos hereditários, ocupação, contratos de promessa de compra e venda, áreas sem inventário formal, partilha sem registro e imóveis em condomínio. A falta de recursos financeiros para os custos do processo é apontada como o principal fator para a não escrituração. Na legislação atual, a regularização se dá apenas pelo processo de usucapião judicial ou administrativo no Cartório de Registro de Imóveis, porém ambas com dificuldades operacionais. Conforme a Fetag, os cartórios não estão preparados adequadamente, fazendo exigências não compatíveis com a realidade fundiária rural brasileira. Por outro lado, se todos esses proprietários de posses ingressarem na justiça, abarrotarão ainda mais o judiciário brasileiro e a demora será ainda maior. Ambas as formas são de alto custo e morosidade elevada. “Nossa expectativa é de que com a aprovação deste PL possamos facilitar a regularização dos documentos das propriedades rurais daqueles que hoje não possuem condições para isto”, afirma Schuch.
Câmara aprova projeto que tributa investimentos de brasileiros fora do país e fundos de alta renda

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (25) o projeto de lei que prevê a tributação de investimentos de pessoas físicas no exterior e a antecipação de imposto em fundos fechados no Brasil. A proposta será enviada ao Senado. O texto aprovado é do relator, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), para o Projeto de Lei 4173/23, do Poder Executivo. A redação final incorpora a Medida Provisória 1184/23, sobre a incidência do chamado “come-cotas” nos fundos fechados. A taxação de investimentos no exterior também já foi tema de outra MP (1171/23). De acordo com o projeto aprovado, a tributação ocorrerá sobre rendimentos de aplicações financeiras, lucros e dividendos de entidades controladas no exterior (offshores) devidos aos titulares e rendimentos e ganhos de capital de bens incorporados a trusts. Após discussões com o governo e os partidos, o relator decidiu fixar em 8% a alíquota para a opção dada ao contribuinte de antecipar a incidência do tributo sobre rendimentos até 2023 nos fundos fechados e na opção de atualizar bens no exterior pelo valor de mercado em 31 de dezembro de 2023. Pedro Paulo mudou ainda regras para cotistas dos fundos de investimento imobiliário (FII) e no agronegócio (Fiagro) a fim de impedir seu uso como planejamento tributário e elisão fiscal. O relator destacou o caráter de justiça tributária com a mudança da forma de tributação desses fundos. “A justiça tributária ocorre na medida em que vamos tornar equivalente aquele modelo de cobrança entre fundos abertos e fundos fechados e exclusivos. A arrecadação prevista para o ano que vem é da ordem de R$ 20 bilhões. O total do patrimônio líquido somente dos fundos exclusivos, de apenas uma pessoa, é da ordem de R$ 1 trilhão”, disse. Agro e imóveis Para os Fundos de Investimento Imobiliário (FII) e os Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro), a isenção do imposto somente será válida para aqueles com, no mínimo, 100 cotistas. Atualmente, são 50 e o texto do governo propunha 500. A intenção é reduzir a exclusividade direcionada a aplicadores de grandes somas. A isenção não será aplicada, no entanto, ao conjunto de cotistas pessoas físicas aparentadas até o segundo grau que representem 30% ou mais do total de cotas ou mesmo que tenham cotas que lhes deem direito a 30% ou mais do total de rendimentos obtidos pelo fundo. Quanto ao mínimo de cotistas, os fundos atuais terão até 30 de junho de 2024 para fazerem a adaptação até 100 participantes para contarem com a isenção. Aqueles novos terão 180 dias, contados do aporte do primeiro cliente, para se enquadrar no mínimo. Também continuarão de fora da nova regra do come-cotas os rendimentos dos fundos de investimento obtidos por bancos, seguradoras, fundos de previdência e capitalização, corretoras de títulos e valores mobiliários e câmbio ou sociedade de arrendamento mercantil, por exemplo. Capital no exterior A partir de 1º de janeiro de 2024, a pessoa física residente no País deverá declarar os rendimentos obtidos com o capital aplicado no exterior em separado dos demais rendimentos e ganhos de capital. Na declaração de ajuste anual (DAA) do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas (IRPF), os valores de rendimento estarão sujeitos à alíquota de 15%, sem dedução da base de cálculo. O texto original propunha alíquota zero sobre a parcela anual dos rendimentos até R$ 6 mil e duas faixas de 15% e 22,5%. No entanto, os ganhos de capital obtidos pela pessoa física residente no Brasil com a baixa ou venda de outros bens e direitos no exterior, como imóveis, continuam sujeitos às regras específicas de tributação da Lei 8.981/95. Na exposição de motivos do projeto, o Ministério da Fazenda argumenta que a tributação desses tipos de rendimentos de aplicações ou patrimônios no exterior mantidos por pessoas físicas já ocorre em diversos países, como Estados Unidos, Alemanha, França, Holanda, Reino Unido, Austrália, Chile, Colômbia e México. “O Brasil é uma das raras exceções, no mundo, que ainda permite a utilização de estruturas offshores por pessoas físicas para diferir indefinidamente o pagamento do tributo”, argumenta o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Variação cambial O projeto estipula que haverá tributação, pelas mesmas alíquotas, da variação cambial de moeda estrangeira em espécie mantida no exterior no que superar o montante de 5 mil dólares (cerca de R$ 25 mil) quando de sua venda a cada ano-calendário. Assim, a variação cambial é considerada um tipo de rendimento do valor retido em moeda estrangeira. Os valores de depósitos em conta corrente ou em cartão de débito ou crédito no exterior não sofrerão tributação, desde que não sejam remunerados e sejam mantidos em instituição financeira no exterior, conhecida e autorizada a funcionar pela autoridade monetária do país em que estiver situada. Offshores No caso das offshores, que são sociedades ou contas bancárias abertas em países ou territórios do exterior, chamadas pela MP de entidades controladas no exterior, os lucros apurados deverão ser tributados em 31 de dezembro de cada ano com as alíquotas citadas, independentemente de sua efetiva distribuição aos controladores. A ideia, assim, é evitar o diferimento do tributo, cujo pagamento atualmente ocorre apenas ao fim do longo ciclo de reprodução do capital no exterior. A nova regra aplica-se aos resultados apurados pelas entidades controladas a partir de 1º de janeiro de 2024. Os resultados acumulados pelas entidades no exterior até 31 de dezembro de 2023, antes da vigência da nova regra de tributação, terão incidência somente no momento da efetiva liberação para a pessoa física. Como funciona Quando da distribuição dos lucros, o beneficiado deverá indicar a controlada e o ano de origem dos lucros distribuídos a fim de reduzir o lançamento de dividendos a receber no futuro para que não sejam tributados novamente. De igual forma, não será tributada ou deduzida na apuração do IRPF a variação cambial (ganho ou perda na conversão de dólar para real) desses valores. Estarão sujeitas às novas regras as offshores localizadas em país com tributação favorecida ou com regime fiscal privilegiado (paraísos fiscais). Enquadram-se como controladas as sociedades e
Plataforma do Desenrola poderá renegociar dívidas de agricultores familiares

Desenvolvida pelo Ministério da Fazenda e pela B3, a bolsa de valores brasileira, a plataforma usada para leiloar descontos no Desenrola poderá ser usada para renegociar dívidas de pequenos produtores rurais. A informação foi dada nesta segunda-feira (23) à noite pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após se reunir com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. A medida atende sugestão apresentada pelo deputado Heitor Schuch na semana passada, durante audiência no MDA. O objetivo, assim como o programa de incentivo à renegociação de dívidas de pessoas físicas inscritas em cadastros de serviços de proteção de crédito, seria “limpar o nome” dos agricultores familiares que tiveram dificuldades de honrar seus compromissos, com condições de renegociação acessíveis para recuperar sua capacidade financeira, além de criar um incentivo, uma espécie de “bônus”, para aqueles que possuem dívidas, mas estão adimplentes. Embora a plataforma do Desenrola não esteja disponível no momento devido à terceira fase do Desenrola, que oferece descontos para dívidas de até R$ 5 mil para aqueles que ganham até dois salários mínimos, Haddad assegurou que essa ferramenta tecnológica será estendida para beneficiar os pequenos produtores rurais. “A plataforma é um ativo que pode ser mobilizado para outras renegociações. Então coloquei à disposição do MDA [Ministério do Desenvolvimento Agrário], para o futuro, a mesma plataforma construída para o atual Desenrola”, disse Haddad ao deixar o ministério. Programa A terceira fase do Desenrola está em vigor desde o início do mês e oferece desconto médio de 83% para dívidas de nove setores: serviços financeiros; securitizadoras; varejo; energia; telecomunicações; água e saneamento; educação; micro e pequena empresa, educação. No entanto, em alguns casos, o abatimento superou esse valor, dependendo da atividade econômica. A plataforma está disponível no site www.desenrola.gov.br. Para acessá-la, o consumidor precisa ter cadastro no Portal gov.br, com conta nível prata ou ouro e estar com os dados cadastrais atualizados. Em seguida, o devedor tem de escolher uma instituição financeira ou empresa inscrita no programa para fazer a renegociação. A página lista as dívidas por ordem de desconto, do maior para o menor. Basta selecionar o número de parcelas e efetuar o pagamento.
Apoio aos produtores de alho

Em audiência com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, nesta semana, o deputado Heitor Schuch reforçou o pleito da Associação Nacional dos Produtores de Alho (Anapa) e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha, representado no encontro pelo seu presidente Ricardo Pagno, para que o governo adote medidas de prevenção à entrada no país de alho argentino fora dos padrões de qualidade definidos pela Portaria Mapa nº 435, que trata das regras de comercialização no Mercosul. “Nosso apoio total aos produtores brasileiros de alho que estão sofrendo com importações irregulares do produto” destacou Schuch. No Rio Grande do Sul, essa cultura é majoritariamente liderada por agricultores familiares, que dividem suas pequenas propriedades entre o alho e o cultivo da uva, outro setor igualmente massacrado pela concorrência desleal com a Argentina na área de vinhos. Diante desse cenário, muitos produtores de alho se viram obrigados a vender suas mercadorias abaixo do custo de produção, gerando prejuízos financeiros e atrasos no pagamento de seus financiamentos e, por fim, uma redução de 30% área plantada para 2024, perda de empregos e impactos sociais imensuráveis na região. Conforme Schuch, não há como reverter os inúmeros problemas causados pela entrada de alho ilegal no país em 2023, mas, sem dúvidas, as medidas de prevenção podem evitar uma nova onda de adversidades no próximo ano. “Contamos com a sensibilidade do ministro, que se prontificou a, junto com o Ministério da Agricultura, intensificar a fiscalização para impedir que esse problema se repita”.
Desenrola para a agricultura familiar

Em audiência de parlamentares ligados à agricultura familiar e entidades do setor com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, o deputado Heitor Schuch propôs a criação de um programa Desenrola Brasil voltado especificamente para a agricultura. O objetivo, assim como o programa de incentivo à renegociação de dívidas de pessoas físicas inscritas em cadastros de serviços de proteção de crédito, seria “limpar o nome” dos agricultores familiares que tiveram dificuldades de honrar seus compromissos, com condições de renegociação acessíveis para recuperar sua capacidade financeira, além de criar um incentivo, uma espécie de “bônus”, para aqueles que possuem dívidas, mas estão adimplentes. No caso do Rio Grande do Sul, o deputado destacou que, depois de três safras frustradas pela seca, e agora com perdas por causa das enchentes, o Desenrola para a Agricultura Familiar seria um importante instrumento de ajuda ao setor.
Decreto presidencial cria medida para desincentivar as importações de leite

Presidente da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar, o deputado Heitor Schuch recebeu com muita expectativa e esperança a notícia sobre o decreto publicado pelo governo federal nesta segunda-feira com ações de apoio à cadeia leiteira nacional. A medida estabelece uma diferenciação tributária no aproveitamento de crédito presumido de PIS e Cofins da aquisição de leite in natura por laticínios, agroindústrias e cooperativas que não importam lácteos. Ou seja, conforme Schuch, permite que apenas empresas que não importam lácteos de países do Mercosul e participam do Programa Mais Leite Saudável (PMLS), do Ministério da Agricultura, possam aproveitar até 50% do crédito presumido de PIS e Cofins da compra do leite in natura de produtores brasileiros. Para quem importa, o índice fica limitado a 20%. “Uma decisão importante do governo, resultado da enorme mobilização do setor, liderada pela Fetag e seus Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, contra essa crise sem precedentes, com os produtores recebendo valores muito abaixo do custo de produção e muitos desistindo da atividade”, afirma o deputado. “Esperamos que possa ter efeito o mais imediato nessa grave situação.
Alckmin, deputados e demais participantes de seminário defendem nova política de industrialização do Brasil

Participantes do 1° Seminário Nacional de Política Industrial, realizado nesta terça-feira (17), na Câmara dos Deputados, defenderam o resgate da política industrial no desenvolvimento do Brasil. O evento foi organizado pela Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara, durante todo o dia. O presidente da comissão, deputado Heitor Schuch (PSB-RS), lembrou que o setor perdeu espaço na economia nacional nas últimas décadas. Em 2022, a indústria respondeu por 23,9% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Em 1985, representava 48% do PIB. Para Schuch, o País precisa investir em uma agenda de ‘neoindustrialização’. “Para nós, ‘neoindustrialização’ não é comprar um ônibus, caminhão e trator pronto, de outra parte do mundo, mas achar a maneira de fazê-los aqui”, disse. Maquinário O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também apontou a ‘neoindustrialização’ como uma necessidade para o Brasil. Segundo ele, o governo está adotando algumas medidas para isso. A mais importante é a política da depreciação acelerada dos bens de capital da indústria, a ser divulgada em breve. Por meio dessa política, as empresas poderão ampliar a depreciação do maquinário em sua contabilidade e ganhar redução de Imposto de Renda e CSLL por um período a ser definido pelo governo. “O parque industrial brasileiro está antigo, 14 anos em média. É preciso renová-lo para ganhar produtividade, eficiência”, disse Alckmin. Corrida comercial O diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Nelson Barbosa, afirmou que a retomada da política industrial ganhou urgência na agenda política com a corrida comercial China-Estados Unidos. A disputa levou os países desenvolvidos a adotar políticas explícitas de incentivos ao setor. Para não ficar atrás, segundo Barbosa, o Brasil deve seguir o mesmo caminho, e tem potencial para isso. “O Brasil não tem montadora de carro nacional, mas tem montadora de ônibus. Tem dificuldade de consolidar a indústria naval, mas tem uma indústria aeronáutica consolidada. Ou seja, a gente sabe fazer as coisas. Tem de estudar os casos de sucesso”, disse Barbosa. Nova onda O diretor de educação e tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Lucchesi, também defendeu a criação de “uma nova onda de industrialização”. “Isso vai ser chave para a nossa quadra histórica. E, para isso, temos que ter um ambiente institucional”, afirmou. Lucchesi acrescentou que a indústria é fundamental na agenda de desenvolvimento nacional. “Que país se desenvolveu no mundo sem desenvolver a estrutura industrial? Nenhum”, declarou. Fonte: Agência Câmara de Notícias Fonte: Agência Câmara de Notícias