Heitor Schuch

Setor fumageiro alerta para prejuízos em toda a cadeia produtiva com aprovação da reforma tributária federal

19/09/2020 | Se a reforma tributária proposta pelo governo federal for aprovada como está o contrabando de cigarros no Brasil deverá ter um aumento considerável, passando dos atuais 57% para até 90% do mercado nacional. O alerta foi feito pelo presidente da Câmara Setorial do Tabaco e diretor da Afubra, Romeu Schneider, na reunião virtual realizada pela Frente Parlamentar da Agricultura Familiar (FPAF), nesta quarta-feira (16). Proponente do debate, o presidente da Frente, deputado Heitor Schuch (PSB/RS) manifestou preocupação com o Projeto de Lei 3.887/2020 enviado à Câmara e as consequências do aumento de impostos em toda a cadeia produtiva do tabaco. “Vai favorecer o comércio ilegal, reduzir a arrecadação e o número de postos de trabalho e, consequentemente, atingir a produção e o fumicultor”, analisa Schuch, citando levantamento da Afubra apontando que se na produção temos cerca de 148 mil famílias produzindo tabaco nos três estados do Sul, onde está 98% da produção brasileira, nessa região poderia se ter hoje pelo menos 5 mil famílias a mais produzindo tabaco. “Se contarmos uma média de 4 a 5 pessoas por famílias, imagine o número de pessoas que poderiam estar trabalhando”, contabiliza. O percentual da carga tributária, que atualmente gira em 71% sobre o preço médio da carteira de cigarros saltaria para 115%. O que acabaria favorecendo o produto ilícito, vindo principalmente do Paraguai, cuja alíquota fica em torno de 18%. “Uma carteira de cigarro hoje tem preço médio de R$ 7,51. O mercado ilegal está vendendo por R$ 3,44. Não tem como competir”, destacou Schneider. Estimativas setoriais indicam que em 2019 a arrecadação do setor em ICMS, IPI e PIS/Cofins foi de R$ 11 bilhões, enquanto a evasão fiscal representou R$ 12,2 bilhões. Vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Produtores da Cadeia do Tabaco da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Elton Weber (PSB) destacou que a maior carga tributária estimula a ilegalidade. “O que nós percebemos é que quando se eleva a tributação em qualquer segmento, aumenta junto a informalidade, o que prejudica a todos os agentes da cadeia produtiva, especialmente o nosso agricultor.” O presidente da Fetag/RS, Carlos Joel da Silva, lembrou que, por conta do contrabando, R$ 315 milhões deixam de entrar todo ano nos cofres do governo gaúcho e manifestou preocupação com os reflexos da reforma nos produtores. “Tratada por muitos como questão de saúde pública, para quem planta o tabaco representa o alimento. São mais de 140 mil famílias nos três Estados do Sul do pais que dependem dessa atividade para sobreviver”. Para o presidente da Fentifumo, Gualter Baptista Júnior, a aprovação da proposta seria um desastre com reflexos diretos no fechamento de um grande número de postos de trabalho. Atualmente, apenas na indústria do tabaco, segundo ele, são empregados 40 mil trabalhadores, envolvendo um total de 100 mil pessoas. Falando também em nome da CNA, o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, reforçou a necessidade de mobilização conjunta de todos as entidades e pressão política junto à Câmara e ao Senado para a derrubada da proposta. O deputado Heitor Schuch garantiu que todas as considerações apresentadas serão levadas ao relator do projeto Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e que a FPAF seguirá trabalhando junto com o setor para alteração da matéria. O que prevê a reforma tributária No Projeto de Lei, o governo federal quer substituir o PIS/Cofins pela Contribuição sobre Operações com Bens e Serviços (CBS). A troca de impostos dobra os atuais 11% recolhidos para a PIS/Cofins e institui uma nova alíquota de 22%. Além disso, a nova fórmula de arrecadação elevaria a carga tributária a 115%, considerando os Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) médio e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O percentual leva em conta o preço médio do produto hoje comercializado no Brasil. Presenças Também participaram do debate na tarde de hoje representantes de Fetaesc, Fetaep, Contag,Sinditabaco, Amprotabaco, Stifa, Abifumoe do o idealizador do site Fumicultores do Brasil, Giovane Weber.

Cresce mobilização pela derrubada do veto ao auxílio emergencial para agricultores

10/09/2020 | Com o objetivo de derrubar o veto do presidente Bolsonaro ao Projeto de Lei 735/2020, que criou o auxílio emergencial de R$ 600,00 para os agricultores familiares, o deputado Heitor Schuch esteve reunido com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, nesta quarta-feira (9), em nome da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar. Também participou do encontro o deputado Zé Silva, autor da proposta do projeto, que foi aprovado por unanimidade tanto na Câmara quanto no Senado e resultou de um conjunto de propostas de ajuda aos agricultores que já estavam em tramitação. Além do recurso emergencial, o PL 735 previa renegociação de dívidas rurais e crédito para fomento. No entanto, o texto acabou sendo vetado pelo governo. Na reunião com Maia, os parlamentares destacaram a importância da matéria e a necessidade de se colocar o veto em votação na próxima sessão do Congresso, que deve ocorrer na semana que vem, para que deputados e senadores possam reverter a decisão presidencial, considerada uma injustiça com a categoria. “Foi inexplicável essa posição do presidente e penaliza uma classe que, no caso do Rio Grande do Sul, já havia sido duramente atingida pela seca no verão, e agora amarga perdas em decorrências das restrições impostas pela pandemia. Os agricultores colocam a comida na mesa dos brasileiros e nesse momento precida muito de ajuda”, destacou Schuch. “Estamos fazendo uma mobilização junto a todas as lideranças dos partidos pela derrubada desse veto em plenário”. Rodrigo Maia demonstrou sensibilidade quanto à pauta e se comprometeu em ajudar a colocar a matéria em votação na sessão do Congresso.

Conferência virtual vai debater impactos da reforma tributária federal na cadeia produtiva do tabaco

10/09/2020 | Na próxima quarta-feira, dia 16 de setembro, às 14h, a Frente Parlamentar da Agricultura Familiar (FPAF) promove conferência virtual com representantes da cadeia produtiva do tabaco para debater os reflexos da proposta de reforma tributária apresentada pelo governo federal. O texto, enviado à Câmara dos Deputados, inclui alterações na legislação que afetam diretamente o setor fumageiro, com o aumento dos tributos sobre a comercialização e produção do produto e derivados no país. Presidente da Frente, o deputado Heitor Schuch, vê com grande preocupação o projeto, tendo em vista os impactos que poderá causar ao setor, entre os quais o aumento das importações ilícitas de cigarros e ainda a repercussão que, invariavelmente, incidirá sobre os fumicultores que são o elo menos forte desta corrente. “Precisamos discutir com profundidade o que está previsto na reforma tributária para, a partir disso, poder apresentar sugestões de mudanças de forma a não prejudicar quem produz e depende dessa atividade que sustenta a economia de tantos municípios, afirma Schuch. Entre as entidades presentes à conferência estarão Fetag, Farsul, Fetaesc, Fetaep, Contag,Sinditabaco, Fentifumo, Amprotabaco, Stifa, Abifumo, Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco e Comissão Especial do Tabaco da Assembleia Legislativa do RS.

Schuch cobra medidas para abastecimento de milho balcão no RS

08/09/2020| Presidente da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar (FPAF), o deputado Heitor Schuch (PSB/RS) esteve em audiência com o secretário especial da Agricultura Familiar, Fernando Schwanke, nesta terça-feira (8), em Brasília, sobre medidas para garantir o abastecimento de milho para os produtores gaúchos, que enfrentam maior escassez do grão em função da estiagem e consequente aumento no preço. Schuch cobrou retorno quanto às demandas que foram encaminhas pelo setor em agosto, após reunião com a Conab. O documento, elaborado por FPAF e Fetag, aponta cinco pontos principais no que diz respeito ao Programa de Milho Balcão, entre os quais o aumento do limite de consumo para bovino de leite de 60 para 120kg/mês; a ampliação do limite de consumo para bovino de corte de 15 para 50kg/mês; o cadastramento de armazéns para a distribuição do milho no Estado e aumento dos estoques de milho no Rio Grande do Sul. “A seca que castigou o RS no verão resultou na redução da safra de milho em torno de 27% de acordo com o IBGE e 35% de acordo com a Fetag, somando-se a 1ª safra e a 2º safra de milho, que foi transformada em silagem de baixíssima qualidade. Portando, os estoques do grão no Estado não são suficientes para suprir a demanda das cadeias produtivas de leite e carnes. A demanda é de pelo menos 20 mil toneladas”, destacou Schuch ao reforçar especialmente a necessidade de credenciamento de mais armazéns para facilitar a logística de transporte e reduzir o frete. O secretário garantiu que todas as reivindicações são viáveis e estão em análise para serem operacionalizadas, exceto a que se refere à subvenção ao preço do milho, que também consta do documento que, segundo ele, não há previsão orçamentária.

Governo edita medida provisória com auxílio emergencial de R$ 300 até dezembro

03/09/2020 | A Medida Provisória 1000/20 oficializa o auxílio emergencial de R$ 300 que será pago em quatro parcelas, entre setembro e dezembro. O valor havia sido antecipado pelo governo na última terça-feira (1º) e é metade do que foi repassado entre abril e agosto. A MP foi publicada na edição desta quinta (3) do Diário Oficial da União, que também traz a Medida Provisória 999/20, de crédito extraordinário. Ela libera R$ 67,6 bilhões para o Ministério da Cidadania pagar o benefício. O dinheiro virá da emissão de títulos públicos (novas dívidas). O novo benefício, que o governo chama de “auxílio emergencial residual”, será pago automaticamente aos atuais beneficiários, que não vão precisar requerer as novas parcelas. A medida provisória, porém, proíbe o pagamento para quem mora no exterior, esteja preso em regime fechado ou tenha bens de valor total superior a R$ 300 mil. Também não terá direito quem recebeu, em 2019, rendimentos superiores a R$ 40 mil e alguns tipos de dependentes de contribuinte do Imposto de Renda, como cônjuge e filho ou enteado com menos de 21 anos ou menos de 24 ainda estudando. A MP limita o recebimento do auxílio a duas cotas por família, mas garante duas cotas para a mulher provedora de família monoparental. O texto que entrou em vigor hoje determina ainda que os recursos que não forem sacados pelos beneficiários ou não movimentados em prazo definido em regulamento retornarão para os cofres do governo. Criação O auxílio emergencial foi aprovado pelo Congresso Nacional com o objetivo de atender as pessoas que perderam renda em razão da pandemia. A Lei 13.982/20 previa o pagamento por três meses (abril a junho). O governo acrescentou mais dois (julho e agosto) por decreto. Tiveram direito ao benefício os trabalhadores informais, desempregados, microempreendedores individuais (MEIs) e contribuintes individuais do INSS. No total, foram destinados R$ 254,2 bilhões para o pagamento do auxílio de R$ 600, um custo mensal de R$ 50,8 bilhões. “Estender o prazo de ´pagamento do auxilio é importante para ajudar as pessoas nesse momento de crise. Porém o governo esqueceu de incluir nas medidas de ajuda os agricultres familiares, cujo auxilio emergencial foi aprovado duas vezes pelo Congresso e vetado pelo presidente Bolsonaro”, critica Schuch. Tramitação A MP 1000/20 será analisada diretamente no Plenário da Câmara, conforme o rito sumário de tramitação definido pelo Congresso Nacional durante o período de calamidade pública. (Fonte: Agência Câmara de Notícias)

Medida provisória altera regras do setor elétrico para reduzir tarifas

03/09/2020 | A Medida Provisória 998/20 transfere para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) os saldos não utilizados dos recursos que as concessionárias de energia elétrica (geração, transmissão e distribuição) devem aplicar anualmente em projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e eficiência. A regra vai vigorar entre 1º de setembro de 2020 e 31 de dezembro de 2025. A CDE é um encargo cobrado mensalmente na conta de luz que financia diversos incentivos e políticas públicas no setor elétrico. A injeção de recursos determinada pela medida provisória atenuará reajustes tarifários para os consumidores brasileiros durante o período em que estiverem pagando a chamada Conta-Covid. Essa conta foi criada pela MP 950/20 e viabilizou um empréstimo de R$ 15,3 bilhões para as distribuidoras de energia afetadas pela queda de receita em decorrência da pandemia. O empréstimo foi tomado pelas companhias junto a 16 bancos e será bancado pelo consumidor até 2025, através de um encargo adicional inserido na CDE. A transferência dos recursos não utilizados de P&D e eficiência energética para a CDE reduzirá o tamanho desse encargo a ser cobrado. O reforço da CDE é uma das medidas da MP 998, que entrou em vigor nesta quarta-feira (2). Chamada pelo governo de “MP do Consumidor”, a norma prevê diversas outras alterações na legislação do setor elétrico voltadas à redução da conta de luz. Veja abaixo outras mudanças. Desconto Os descontos nas tarifas de transmissão e distribuição concedidos às fontes incentivadas, como usinas eólicas e solares, somente serão aplicados para empreendimentos que solicitarem outorga nos próximos 12 meses e entrarem em operação nos 48 meses seguintes. Como esses descontos são bancados pela conta de luz, a medida reduz o custo do subsídio para os consumidores. Contratação O custo de contratação de “usinas de reserva” para garantir o fornecimento de energia elétrica para todo o sistema nacional será coberto pelos consumidores do mercado regulado (atendido pelas distribuidoras) e livre. Hoje o custo é coberto apenas pelos consumidores regulados. Angra 3 O Poder Executivo poderá transferir para a iniciativa privada, sob o regime de autorização, a exploração da usina nuclear de Angra 3 pelo prazo de 50 anos, que poderá ser prorrogado por mais 20. A empresa que receber a outorga entrará como sócia minoritária do governo no empreendimento, já que, pela Constituição, a exploração de energia nuclear é exclusiva da União. A outorga deverá definir o prazo de conclusão do empreendimento, a data de início da operação comercial da usina e um novo contrato para comercialização de energia gerada pela usina. Angra 3 está sendo construída na praia de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ). Segundo dados do governo divulgados em julho, a usina está com 67,1% das obras civis já executadas. A MP determina ainda a transferência para a União de todas as ações da Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), inclusive as que estão nas mãos da iniciativa privada. As duas estatais, que hoje atuam como sociedades de economia mista (S/A), serão transformadas em empresas públicas vinculadas ao Ministério de Minas e Energia. A INB atua na mineração e beneficiamento de urânio. A Nuclep atua no desenvolvimento, fabricação e comercialização de equipamentos pesados para os setores nuclear. Tramitação A MP 998/20 será analisada diretamente no Plenário da Câmara, conforme o rito sumário de tramitação definido pelo Congresso Nacional durante o período de calamidade pública da Covid-19. (Fonte: Agência Câmara de Notícias)

Proposta de reforma administrativa chega á Câmara

03/09/2020 | A reforma administrativa do governo prevê mudanças no serviço público civil nos três Poderes de todos os entes federativos (estados e municípios) e no Ministério Público, mas válidas apenas para futuros servidores. Membros de Poder ‒ como juízes, promotores e políticos ‒ e militares ficarão de fora. Uma primeira parte dessa reforma, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Nova Administração Pública, foi entregue ao Congresso Nacional nesta quinta-feira (3). Outras medidas legislativas complementares deverão ser apresentadas posteriormente. Para o Ministério da Economia, o modelo atual está defasado, tem custos crescentes e prejudica a prestação de serviços e os investimentos públicos. Na União, as despesas com pessoal civil somaram R$ 109,8 bilhões em 2019, ou 13,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Para o deputado Heitor Schuch, o tema deve ser visto com cautela. Isso porque nas reformas trabalhista e previdenciária ficou comprovado que ninguém que integra o RGPS (Regime Geral da Previdência Social) ganhou, todos perderam, inclusive o Estado brasileiro, que arrecada menos. Já os integrantes das Forças Armadas tiveram tratamento diferenciado. Da mesma forma a reforma tributária deverá concentrar e aumentar os tributos no governo federal. Agora, com a vinda da reforma administrativa, será uma “guerra” entre os que defendem o Estado mínimo e o máximo. “Eu acredito no Estado eficiente, que oportunize serviços públicos de qualidade em contrapartida aos impostos que o cidadão paga. O projeto – que veio hoje – precisamos estudar e debater melhor. Se é para melhorar o serviço público, votarei a favor, mas se for para privilegiar o andar de cima voto contra”, resume Schuch.

Veto de Bolsonaro a auxílio emergencial para agricultores provoca indignação e perplexidade

25/08/2020 | Presidente da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar, o deputado Heitor Schuch (PSB/RS) está indignado e perplexo com o veto do presidente ao Projeto de Lei 735/2020 que criava medidas de ajuda aos agricultores familiares durante o estado de calamidade pública relacionado ao coronavírus, entre as quais um auxílio de R$ 3 mil por meio de cinco parcelas de R$ 600,00. A proposta havia sido aprovada por unanimidade tanto na Câmara quando no Senado e, além da ajuda financeira, também previa recursos para fomento e renegociação das dívidas. Esta é a segunda vez que Bolsonaro veta projeto de socorro à categoria durante a pandemia. “Este governo está provando que não tem nenhuma preocupação com quem está colocando o alimento na mesa da população. Um governo que não reconhece a importância não só de quem produz, mas do setor que mais gera emprego e renda no país. A agricultura familiar sobrevive por sua teimosia, perseverança e capacidade de recomeçar. Mas só isso não basta. é preciso política pública”, critica Schuch, destacando que os pequenos produtores foram duramente prejudicados nos últimos meses, primeiro pela seca e depois pelas restrições impostas pela crise sanitária, passando pelas enchentes, com perdas enormes no campo. “Com esse gesto o governo mostra bem de que lado está, porque teve dinheiro para comprar títulos podres da dívida, mas não para ajudar quem não tem nenhuma garantia de renda, nem salário fixo, e este ano não conseguiu sequer colher safra.” Para o deputado, essa decisão está ajudando a patrocinar o esvaziamento do meio rural, provocando um desestímulo para quem vive da agricultura e terminando com qualquer perspectiva de sucessão nas propriedades. Quando à possibilidade de derrubada do veto pelo Congresso, Schuch demonstra pessimismo. “Não acredito nisso, já que o governo tem a maioria dos votos e se quisesse pagar os R$ 600,00 para os agricultores não teria vetado pela segunda vez. E, ao manter no texto o artigo que não descaracteriza a condição de segurado especial, ele admite que quem sacou indevidamente não terá prejuízos. Ou seja , quem fez errado está certo, e quem fez certo está errado”, critica parlamentar. “Mas, mesmo que seja uma guerra perdida, lutarei até o fim pela derrubada de mais este veto desastroso que prejudica o homem do campo. E mantenho um fio de esperança na coerência dos deputados e senadores que aprovaram por unanimidade, que mantenham posição e me ajudem a derrubar este veto nefasto”.

INSS vai fechar parceria com os Correios para agilizar encaminhamento de benefícios

20/08/2020 | O INSS está fechando um convênio com os Correios para que as agências possam passar a receber os documentos de solicitação de benefícios previdenciários. A parceria deve estar firmada até a próxima semana, segundo o presidente do instituto, Leonardo Rolin, que participou nesta quinta-feira (20) de conferência remota com o deputado Heitor Schuch (PSB/RS) e o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultores (Fetag/RS), Carlos Joel da Silva. Também estiveram na reunião o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, lideranças sindicais e a assessoria jurídica da federação. O encontro foi solicitado por Schuch para tratar sobre o alto índice de indeferimentos de benefícios pelo INSS nos últimos meses, que, entre os rurais, segundo estimativa da Fetag, ultrapassa os 90% no caso do auxílio-doença. Para o deputado, o acordo com os Correios é uma iniciativa interessante que pode ajudar no encaminhamento dos processos, especialmente nesse momento em que as unidades do INSS ainda estão fechadas, porém a greve da categoria preocupa. “Enquanto o serviço de entrega não for normalizado essa medida será inócua”, afirma Schuch, destacando, no entanto, a importância da conferência no sentido de abertura de diálogo sobre os principais problemas que estão provocando tamanha rejeição de pedidos. Conforme o relato da entidade, na maioria dos casos, os processos estão sendo negados sem critério ou com uma “análise superficial”. Um problema apontado como recorrente é os peritos não considerarem os atestados médicos que, mesmo atendendo os requisitos, não são reconhecidos. Outro motivo relacionado é a falta de análise dos documentos anexados para fins de enquadramento da qualidade de segurado especial dos rurais. O presidente da Fetag, Carlos Joel, também avaliou como muito produtivo o debate. “Tivemos a oportunidade de expor as principais dificuldades e também apresentar as nossas sugestões para minimizar essa situação que vem sendo enfrentada pelos agricultores e também discutir as alternativas que já vêm sendo estudadas pelo INSS”, destaca Silva. No prazo de 30 dias haverá nova reunião entre todas as partes, para que possa ser reavaliado o andamento dos processos. Entre os encaminhamentos também ficou acertado que o NSS vai analisar a condição dos associados em cooperativas de crédito, agropecuária e de eletrificação; o aumento de pelo menos para 60 dias a validade do atestado para a antecipação do auxílio-doença (se o atestado foi de incapacidade por pelo menos 60 dias); a redução da necessidade de autenticação de documentos e a possibilidade de acesso à central de reanálise de benefícios rurais.

Conab garante remoção de 8,5 mil toneladas de milho balcão para atender demanda do RS

19/08/2020 | A Conab fará a remoção de 8,5 mil toneladas de milho balcão para o Rio Grande do Sul nos próximos dias. O volume, que virá do Centro Oeste, será disponibilizados para os produtores gaúchos nos armazéns de Cruzeiro do Sul (3,5 mil t), Marau (3 mil t) e Erechim (2 mil t) em até dez dias. A informação foi repassada pela superintendente de Abastecimento Social da Conab, Diracy Lacerda, durante audiência na manhã de hoje (19) com o deputado Heitor Schuch (PSB/RS), o vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag/RS), Eugênio Zaneti e Sindicatos dos Trabalhadores Rurais. O encontro tratou do problema de desabastecimento do milho para ração no Estado nas últimas semanas, agravado pela seca que provocou quebra de 27,7% da safra gaúcha. Além da falta do grão, os produtores de leite, aves e suínos reclamam do preço, elevado pela redução da oferta, e que chega a ser vendido hoje no mercado atacadista por até R$ 65,00 a saca de 60 quilos. O valor da Conab é mais atrativo, em torno de R$ 48,00 a saca, porém o pequeno número de armazéns credenciados obriga os agricultores a percorrerem longas distâncias, encarecendo o frete e tornando pouco atrativo o programa de milho balcão. “Precisamos ampliar o número de silos cadastrados, para melhorar a disponibilidade de estoque nas regiões produtoras do Estado, facilitando a logística e reduzindo o custo”, destacou Schuch. A superintendente garantiu que essa situação pode ser discutida junto ao Ministério da Agricultura, desde que haja um mapeamento da demanda. A Fetag ficou encarregada de fazer um levantamento ainda nesta semana junto as suas regionais sindicais do número de produtores e do volume necessário, bem como de empresas e cooperativas que possam ter interesse em participar do programa. Outro pedido apresentado no encontro foi a ampliação da cota de compra na bovinocultura de leite, hoje de 35 quilos/animal/mês, considerado insuficiente para atender o consumo do rebanho. Diracy Lacerda adiantou que esse ponto deverá ser atendido a partir da revisão dos critérios da necessidade nutricional das vacas de leite. Quanto à criação de um subsídio ao preço, reivindicado pelos produtores, o deputado Heitor Schuch afirmou que o pleito será apresentado ao Ministério da Agricultura, em audiência a ser agendada com a administradora Tereza Cristina em breve, sugerindo a publicação de portaria de excepcionalidade para permitir que, em função da oferta reduzida no Estado por causa da seca, o governo possa fornecer o produto a um custo menor por um tempo determinado, como já ocorreu em 2012, ano em que o RS também foi assolado por uma estiagem severa.