Em ofício encaminhado ao ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, o presidente da Frente Parlamentar Mista da Agricultura Familiar (FPAF) no Congresso Nacional, deputado Heitor Schuch, solicitou apoio para que ocorra a alteração no sistema de cobertura do seguro agrícola Proagro, hoje estabelecido no Manual de Crédito Rural em no máximo três sinistros num período de cinco anos. A justificativa é em função de que o Rio Grande do Sul foi atingido por três secas consecutivas, que abalaram as finanças dos agricultores e os deixam inabilitados para acessar uma nova cobertura na safra que será plantada em 2023.
A proposta de Schuch é de que as indenizações pagas pelo programa na safra 2021/22, cuja estiagem foi generalizada em toda a região Sul do Brasil, sejam desconsideradas, mantendo assim os 85.590 agricultores gaúchos que comunicaram perdas segurados caso ocorra algum novo fator climático que gere prejuízo durante os próximos plantios. “Há uma preocupação generalizada entre os produtores que tiveram que acionar o Proagro nos últimos três anos e hoje estão desamparados pelo seguro. O Manual do Crédito Rural está desatualizado nesse quesito e incompatível com a realidade climática do Estado”, destaca o deputado. “Precisamos ser previdentes a fazendo a exclusão do ano de seca generalizada no cômputo das indenizações e mantendo os agricultores dentro do programa”.
O assunto também será tratado por Schuch durante audiência com o diretor do Departamento de Regulação, Supervisão e Controle das Operações do Crédito Rural e do Proagro do Banco Central, Cláudio Filgueiras, na próxima quarta-feira (21), às 15h, em Brasília.