Heitor Schuch

Schuch e Fetag cobram do governo federal soluções urgentes para a crise do leite, o endividamento rural e o seguro agrícola

O deputado Heitor Schuch participou nesta semana de uma série de agendas em Brasília ao lado do vice-presidente da Fetag-RS, Eugênio Zanetti, para tratar da grave situação enfrentada pelos produtores rurais do Rio Grande do Sul. As audiências ocorreram com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, e com o secretário adjunto de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Wilson Vaz de Araújo.

Entre os principais temas discutidos estiveram a crise do leite, o endividamento rural e o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Segundo Schuch, a situação dos produtores de leite é crítica e exige medidas concretas e imediatas do governo federal. “O preço pago ao produtor não cobre mais os custos de produção. Milhares de famílias estão deixando a atividade, e isso significa perda de renda, êxodo rural e desestruturação da economia em centenas de municípios gaúchos. Precisamos de políticas públicas que garantam permanência no campo e valorização de quem produz o alimento”, destacou o deputado.

De acordo com dados da Emater/RS-Ascar, o Rio Grande do Sul perdeu mais de 55 mil produtores de leite nos últimos dez anos — uma redução de 65,7%. A maioria, cerca de 95%, são agricultores familiares. Outro ponto abordado nas reuniões foi o endividamento rural. Muitos produtores ainda enfrentam dificuldades para acessar os benefícios da Medida Provisória nº 1.314, que prevê condições especiais para renegociação de dívidas. “Os bancos estão lentos e as operações da última estiagem nem sequer estão contempladas. É preciso ajustar urgentemente os critérios para que o socorro chegue a quem realmente precisa”, cobrou Schuch.

O deputado também alertou para o contingenciamento de recursos do PSR, que ameaça a segurança financeira dos agricultores. “O seguro rural é essencial para dar estabilidade à produção. Se o governo não liberar os recursos, o custo recai sobre o produtor, que já não suporta mais arcar sozinho com os prejuízos causados pelo clima. Isso é inadmissível”, afirmou.

Schuch reforçou que continuará atuando junto aos ministérios e à bancada gaúcha para garantir apoio efetivo às famílias rurais. “O momento exige sensibilidade e ação. O campo não pode esperar. Estaremos vigilantes e cobrando do governo medidas que deem segurança e condições de trabalho aos agricultores e pecuaristas familiares”, concluiu.

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