Na semana passada tivemos uma importante reunião com o Banco Central, sobre o Proagro – Programa de Garantia da Atividade Agropecuária, que foi duramente atingido por resoluções que além de dificultar o acesso ao programa, prejudicam milhares de agricultores atingidos por adversidades climáticas, em especial no Rio Grande do Sul, castigado por uma enchente devastadora e por uma sucessão de secas.
Depois de muita discussão, foi criado um grupo de trabalho para encontrar e propor medidas para tornar programa eficiente atendendo os agricultores que têm seus empreendimentos a céu aberto.
Enquanto isso, existe um outro problema que pode impactar de forma bilionária as finanças destes pais, e que o Banco Central, tão cioso com o Pronaf, deixou correr. É um caso rumoroso, para não dizer escandaloso, que pouco vem sendo divulgado pela imprensa. Falo da crise do Banco Master cujo proprietário principal é Daniel Vorcaro.
Banco que, segundo as informações divulgadas , fez captações de investimentos de clientes pagando valores muito acima do mercado, dando por garantia o FGC – Fundo Garantidor de Credito, fundo este que cobre valores de até R$ 250 mil por CPF. Fundo este criado pelo sistema financeiro, mas que na realidade acaba por sair de todas as pessoas com depósitos bancários e que tem hoje R$ 107,8 bilhões. O Banco Master tem mais de R$ 51 bilhões a pagar aos seus clientes. Ou seja, praticamente metade do fundo. E fica a pergunta: Onde estava o Banco Central que não fiscalizou isso?
E agora vem o fato mais curioso e grave. O Banco Master foi colocado à venda e nenhum grande banco topou sequer fazer proposta de aquisição, exceto o BTG, que ofereceu R$ 1,00 (UM REAL). Mas aí entra o BRB, um banco público do Distrito Federal, oferecendo R$ 2 bilhões pelo negócio. Por um banco em grandes apuros! Está muito estranha essa história! A Câmara dos Deputados e demais orgãos precisam urgente iniciar uma investigação e não deixar que o dinheiro vá para o ralo.
É também preciso que o Banco Central se explique, porque é extremamente exigente com os agricultores, em especial os pequenos e benevolente com banqueiros. Banco Central: Mais Brasil, menos Sistema Financeiro!