Heitor Schuch

Deputados aprovam projeto que cria piso salarial da enfermagem

Com voto favorável do deputado Heitor Schuch, a Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (4), a criação do piso salarial de enfermeiros, técnicos de enfermagem e parteiras (PL 2564/20). A proposta deve seguir para sanção presidencial, mas ainda depende de acordo sobre fontes de financiamento. “Uma conquista histórica para a categoria, que merece esse reconhecimento”, sintetizou o deputado Heitor Schuch.

O parlamentar lembrou, porém, que há necessidade urgente de o governo atualizar a tabela do SUS, que esta congelada há 15 anos. “Os municípios pequenos e os hospitais menores terão muita dificuldade para conseguir custear esse piso, que é muito justo. Os valores pagos pelo SUS precisam ser corrigidos pra ontem!”, destacou.

Piso aprovado

O projeto aprovado pelos deputados define como salário mínimo inicial para os enfermeiros o valor de R$ 4.750, a ser pago nacionalmente pelos serviços de saúde públicos e privados. Nos demais casos, haverá proporcionalidade: 70% do piso dos enfermeiros para os técnicos de enfermagem; e 50% para os auxiliares de enfermagem e as parteiras. O texto prevê ainda a atualização monetária anual do piso da categoria com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e assegura a manutenção de salários eventualmente superiores ao valor inicial sugerido, independentemente da jornada de trabalho para a qual o profissional tenha sido contratado.

A votação da proposta foi acompanhada de perto por representantes da categoria, que também participaram pela manhã de uma sessão solene no Plenário em homenagem à Semana Brasileira da Enfermagem.

Carmen Zanotto estimou que a proposta tem impacto de R$ 50 milhões ao ano na União, mas não calculou os gastos dos entes públicos e do setor privado. Ela afirmou que o Congresso vai viabilizar recursos para garantir o piso salarial. “Já tramitam nas duas Casas diversas propostas que ampliam receitas ou desoneram encargos; além da ampliação de recursos a serem repassados pelo Fundo Nacional de Saúde para reforçar as transferências aos entes federados”, explicou.

(Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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