Heitor Schuch

Deputado repudia trabalho escravo, mas diz que generalização é injusta e penaliza o setor

O deputado Heitor Schuch foi à tribuna esta semana para lamentar e pedir aos setores governamentais responsáveis, como o Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho, entre outros, uma ação enérgica contra a empresa que promoveu trabalho análogo ao de escravo no Rio Grande do Sul, no setor vitivinícola, envolvendo trabalhadores do estado da Bahia. Também, em nome do PSB gaúcho, pediu desculpas ao povo baiano. “Afirmações racistas e xenófobas de alguns, a exemplo de um vereador de Caxias do Sul, são isoladas e não representam a média do pensamento do povo gaúcho”, afirmou Schuch

.

O deputado destacou que preza pela justiça social e lutamos contra estes casos de trabalho análogo ao de escravo que, de tempos em tempos, pipocam em algum ponto do pais. Em 2022, foram 2.575 casos parecidos em todo o país. “Como Sindicalista, representando os trabalhares rurais e tendo sido presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais do meu estado, Federação que congrega também as quase 20 mil famílias de pequenos agricultores produtores de uva, sempre lutei pelos direitos dos trabalhadores. E assim continuo como parlamentar. E volto a afirmar: os responsáveis, a começar pelo dono desta empresa que fez a intermediação da mão de obra análoga à escrava, tem que ser punido, assim como têm que ser punidos os responsáveis, falo do CPF das pessoas físicas, que eram responsáveis dentro da empresa pela contratação dessas pessoas e que não perceberam, ou não quiseram perceber, o que estava acontecendo com estes trabalhadores. A legislação é muito clara. A responsabilidade é solidária! “

Mas o parlamentar reforçou que, em hipótese nenhuma podemos envolver e massacrar o CNPJ destas empresas. E condenou todos, inclusive alguns parlamentares que se pronunciaram também na tribuna da Câmara, pedindo boicote ou cancelamento dos vinhos da Serra Gaúcha.  Assim como discorda da decisão da APEX de excluir as duas maiores cooperativas gaúchas, a Aurora e a Garibaldi, da difusão de seus produtos no mercado internacional. “Estas cooperativas envolvem milhares de famílias associadas e a sua fragilização fragilizará também estas famílias de agricultores e de todos os trabalhadores envolvidos com este setor, que nos últimos 30 anos teve que passar por um processo de reconversão e qualificação para competir om os vinhos importados, que em seus países recebem forte apoio governamental. Que se apure, identifique e puna os responsáveis, para que fatos desta natureza não voltem a acontecer em nosso país”.

Facebook
Twitter
WhatsApp