Heitor Schuch

Deputado Heitor Schuch avalia participação na COP 11 do Tabaco, em Genebra

O deputado federal Heitor Schuch (PSB/RS) fez um balanço de sua participação na 11ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (COP 11), realizada nesta semana em Genebra, na Suíça. O parlamentar integrou a comitiva brasileira que buscou acompanhar as discussões e defender a importância econômica e social da cadeia produtiva do tabaco para o Rio Grande do Sul e para o país.

Segundo Schuch, mais uma vez a conferência se caracterizou pela falta de transparência e pelo impedimento de acesso às sessões plenárias. “Como sempre, só entrou no plenário quem eles quiseram. Deputados federais, estaduais, prefeitos, secretários de Estado, entidades do setor e até a imprensa da região foram barrados”, criticou. Ele destacou que representantes da Afubra, da indústria, sindicatos e organizações ligadas ao tabaco também ficaram do lado de fora.

Diante das restrições impostas pela organização, a comitiva brasileira concentrou sua atuação na Embaixada do Brasil em Genebra, onde foram realizadas três reuniões de trabalho. “Foi lá que tivemos espaço para debater a pauta, apresentar nossas preocupações e reafirmar a defesa do setor produtivo – especialmente dos agricultores, transportadores, trabalhadores da indústria, municípios fumicultores e todos que dependem da cadeia, incluindo fabricantes de insumos, máquinas, implementos e sementes”, explicou o deputado.

Schuch avaliou que, apesar das expectativas, a COP 11 não deve trazer mudanças concretas à realidade produtiva. “Opinião pessoal minha: a COP não vai mudar nada. A produção de tabaco vai continuar. O que precisamos é garantir que seja feita com responsabilidade e respeito aos trabalhadores”, afirmou.

Entre os pontos que mais preocupam o parlamentar, está a proposta apresentada na conferência para proibir filtros em cigarros, justificando impacto ambiental. “Nunca se falou disso no Brasil. Não existe um único estudo técnico sério que trate do tema. Tirar o filtro é como tirar os talheres e voltar a comer com as mãos: totalmente antigênico. E mais: isso só favorece o contrabando, porque o consumidor migraria para produtos ilegais, sem origem, sem controle e sem qualquer norma sanitária. Quem propôs isso não percebe que o crime organizado agradece”, alertou.

Outra preocupação levantada por Schuch foi o avanço da nicotina sintética produzida em laboratório, que independe da planta do tabaco e pode alterar drasticamente o cenário global da cadeia produtiva. “É algo mais próximo do que imaginamos e merece acompanhamento permanente”, destacou.

Ao final da missão em Genebra, o deputado reforçou três pontos centrais:

  1. A comitiva brasileira marcou posição firme em defesa do setor produtivo.
  2. Países que não produzem um pé de fumo não podem ter o mesmo peso nas decisões que impactam diretamente quem vive da atividade.
  3. A vigilância precisa continuar, e o diálogo com o governo brasileiro deve ser permanente.

“Eu estarei sempre ao lado de quem trabalha e de quem produz. Essa jornada foi importante e vitoriosa no que nos cabia, mas a defesa da fumicultura continua. Não aceitaremos imposições que prejudiquem milhares de famílias que dependem dessa cadeia produtiva”, concluiu Schuch.

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