Heitor Schuch

COMISSÃO DA AGRICULTURA APROVA REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA SOBRE IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Foi aprovado nesta quarta-feira (8) na Comissão de Agricultura da Câmara o pedido do deputado Heitor Schuch para realização de audiência pública sobre as mudanças climáticas e seus efeitos na agricultura deverão ser pauta de audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara.

O parlamentar também quer que o encontro, que deverá ser marcado ainda para setembro, apresente sugestões de políticas públicas para minimizar as consequências das intempéries na produção de alimentos e na qualidade de vida da população. 

Schuch alerta que o último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) confirma o tamanho dos impactos negativos provocados pela ação humana no meio ambiente.

Em países como o Brasil, por exemplo, que tem uma economia extremamente dependente das commodities, todos sofrerão os impactos da mudança climática: da soja no Cerrado à região do Matopiba, passando pelos agricultores familiares do semiárido e do sul do Brasil.

Por isso, o objetivo da audiência é debater como setores da agricultura serão afetados por temperaturas e secas extremas, enxurradas, granizo, geadas, tempestades de toda a ordem, e qual será a consequência na produção e na segurança alimentar e tentar traçar medidas de apoio ao setor.

Alerta ambiental

Segundo pesquisa recente do MapBiomas, no Brasil, em 30 anos, 16% da superfície de água desapareceu. No Estado mais afetado, o Mato Grosso do Sul, mais da metade (57%) de todo o recurso hídrico foi perdido desde 1990.

Ali, essa redução ocorreu basicamente em um dos biomas mais importantes do país, o Pantanal. Das 12 regiões hidrográficas, oito revelam hoje os efeitos do desmatamento, da mudança climática e da destruição de mananciais, refletido na crise hídrica que afeta o meio ambiente e a geração de energia elétrica.

Ao todo, 3,1 milhões de hectares de superfície de água sumiram, o equivalente a mais de uma vez e meia de todo o recurso hídrico disponível no Nordeste em 2020.

Nesse ritmo vamos chegar a um quarto (25%) de redução da superfície de água do Brasil antes de 2050. “Portanto, o que se pretende discutir são as consequências especialmente para a produção agrícola e a vida no campo com o avanço do desmatamento, das queimadas na região do Pantanal e amazônica, enfim, das mudanças climáticas em curso no país e no mundo”

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