Em audiência com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, nesta semana, o deputado Heitor Schuch reforçou o pleito da Associação Nacional dos Produtores de Alho (Anapa) e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha, representado no encontro pelo seu presidente Ricardo Pagno, para que o governo adote medidas de prevenção à entrada no país de alho argentino fora dos padrões de qualidade definidos pela Portaria Mapa nº 435, que trata das regras de comercialização no Mercosul. “Nosso apoio total aos produtores brasileiros de alho que estão sofrendo com importações irregulares do produto” destacou Schuch.
No Rio Grande do Sul, essa cultura é majoritariamente liderada por agricultores familiares, que dividem suas pequenas propriedades entre o alho e o cultivo da uva, outro setor igualmente massacrado pela concorrência desleal com a Argentina na área de vinhos.
Diante desse cenário, muitos produtores de alho se viram obrigados a vender suas mercadorias abaixo do custo de produção, gerando prejuízos financeiros e atrasos no pagamento de seus financiamentos e, por fim, uma redução de 30% área plantada para 2024, perda de empregos e impactos sociais imensuráveis na região.
Conforme Schuch, não há como reverter os inúmeros problemas causados pela entrada de alho ilegal no país em 2023, mas, sem dúvidas, as medidas de prevenção podem evitar uma nova onda de adversidades no próximo ano. “Contamos com a sensibilidade do ministro, que se prontificou a, junto com o Ministério da Agricultura, intensificar a fiscalização para impedir que esse problema se repita”.