Em audiência com o secretário da Agricultura, Giovani Feltes, nesta semana, o deputado Heitor Schuch manifestou preocupação com os prejuízos provocados pela estiagem no Rio Grande do Sul e cobrou medidas de apoio aos agricultores e municípios atingidos. O parlamentar reforçou a pauta da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag/RS) já apresentada ao governo do Estado com as principais demandas para o atual momento de falta de chuvas e também já visando a formatação do Plano Safra do próximo ano, para que contenha um programa destinado à irrigação.
São três os pedidos emergenciais da entidade para auxiliar a população neste momento: garantir a chegada de água potável para consumo humano e dos animais nas regiões mais afetadas; reabertura do programa Troca-Troca de Sementes Forrageiras para que os produtores possam plantar novamente caso as chuvas retornem; e ainda, a necessidade de programas de armazenagem de água que funcionem com a maior agilidade possível.
De acordo com Schuch, a estiagem que vêm assolando o Rio Grande do Sul pelo terceiro ano consecutivo, está provocando perdas variáveis de região para região, visto que as chuvas são esparsas, não sendo possível até agora se calcular o percentual comum para o Estado, mas já é confirmado perdas de 100% em lavouras de milho grão e silagem. O que mais preocupa, no entanto, é a falta de água potável para consumo humano e animal, pois os rios, reservatórios e vertentes estão sendo afetados pela falta de chuva. Segundo dados da Defesa Civil, mais de 240 municípios gaúchos já decretaram situação de emergência.
O deputado também vêm cobrando medidas de socorro do governo federal, entre as quais recurso para equalizar a prorrogação das operações de Pronaf custeio e de Pronaf investimento vencidas e vincendas no período de 01 de janeiro a 31 de julho de 2023; rebate de 35% sobre a parcela vencida ou vincenda aos agricultores que irão liquidar dentro do cronograma de reembolso no período de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2023; linha de crédito emergencial, com teto de financiamento de até R$50 mil por mutuário, prazo de reembolso de até 10 anos e bônus de adimplência de 30% para a reestruturação produtiva das propriedades, e fortalecimento dos estoques de milho e subsídio de 30% para o produtor adquirir o produto nos armazéns credenciados através da CONAB-ProVB.